Comentários sobre os álbuns que mais curti no ano, capas bonitas e mençoes honrosas
2025 está chegando ao fim e esses foram os álbuns que mais gostei de ouvir no ano

10. PinkPantheress – Fancy That
Ocupando a décima posição, temos PinkPantheress com seu álbum Fancy That. Neste projeto, ela pega a energia do garage UK e do drum and bass dos anos 90/2000 e filtra através de uma lente etérea e moderna. É um álbum curto, mas o timbre doce da cantora e as batidas nostálgicas criam uma atmosfera melancólica e contagiante.

09. Partido da Classe Perigosa – Práxis
Longe de qualquer conforto do Rock polido, Partido da Classe Perigosa cria um caldeirão explosivo que funde a agressividade do hardcore e do punk com as batidas pulsantes da eletrônica e do funk carioca. Com letras que atacam o sistema, a precarização e a alienação digital, Práxis traz um som urgente, denso e genuinamente subversivo, que faz do caos e da raiva uma ferramenta de luta.

08. Adéla – The Provocateur
A cantora e compositora eslovaca acabou eliminada do reality show Dream Academy em 2023, que formou o girlgroup Katseye. Graças aos bons deuses da música! Sem shade ao Katseye, mas nem imagino como a força criativa de Adéla se encaixaria na sonoridade pop mais comercial e convencional do grupo. The Provocateur uma declaração de electro-pop industrial sobre a objetificação e a ambição na era das redes sociais.

07. Wolf Alice – The Clearing
Quatro anos após seu último álbum, a banda britânica traz The Clearing, um álbum que existe em múltiplos estados emocionais ao mesmo tempo, com a voz de Ellie Rowsell navegando de forma magistral entre o sussurro íntimo e o grito catártico.

Amaarae – BLACK STAR
Menções Honrosas
(em ordem alfabética)

Ashnikko – Smoochies

BaianaSystem – O Mundo Dá Voltas
BANKS – Off With Her Head


Bibi – Eve: Romance

Cooing – Dreamer
Desire – Dream Girl


Doja Cat – Vie

Don L – CARO Vapor II – qual a forma de pagamento?
Ebony – KM2


Faouzia – Film Noir

FKA twigs – EUSEXUA
Florence + The Machine – Everybody Scream


Franz Ferdinand – The Human Fear

Garbage – Let All That We Imagine Be The Light
Ghost – Skeletá


HAIM – I Quit

Hayley Williams – Ego Death At A Bachelorette Party
House of Protection – Outrun You All


HotWax – Hot Shock

Isabella Lovestory – Vanity
Jackson Wang – MAGICMAN 2


JADE – THAT’S SHOWBIZ BABY!

King Princess – Girl Violence
kouth – DIÁRIO DE UMA GAROTA SUBVERSIVA


Lexie Liu – Teenage Ramble

Lights – A6
Lily Allen – West End Girl


Lorde – Virgin

Lydia Night – Parody of Pleasure
Maggie Lindemann – I feel everything


MARINA – Princess of Power

Miley Cyrus – Something Beautiful
MILLI – HEAVYWEIGHT


MØ – Plæygirl

Mortimer Nyx – Porcelain Zombie
Nova Twins – Parasites & Butterflies


Rico Nasty – Lethal

Sabrina Carpenter – Man’s Best Friend
SASAMI – Blood on the Silver Screen


Self Esteem – A Complicated Woman

Sharon Van Etten – Sharon Van Etten & The Attachment Theory
Sigrid – There’s Always More That I Could Say


Sunmi – Heart Maid

The Beaches – No Hard Feelings
The Weeknd – Hurry Up Tomorrow


Tori Amos – The Music of Tori and the Muses

Viola Odette Harlow – Porn Star
Wet Leg – moisturizer


Yerin Baek – Flash and Core
Zara Larsson – Midnight Sun


06. Urias – CARRANCA
CARRANCA é uma perfeição de design de som, misturando a agressividade do trap com a textura do R&B e elementos industriais. A produção é densa, sombria e extremamente sofisticada, criando uma atmosfera que é ao mesmo tempo intimidadora e sedutora. Urias usa a sua voz de forma potente, transformando a dor em força, em letras não só sobre a identidade queer e trans, mas sobre a identidade brasileira.

05. Jennie – Ruby
É engraçado como quando ouvi separadamente alguns singles de Ruby (Mantra, ExtraL e Like Jennie), minha impressão era de que seria uma bagunça, pois as músicas pareciam trazer jornadas bem distintas, mas minha percepção mudou totalmente quando escutei ao trabalho completo. O primeiro álbum solo da rapper do Blackpink, é surpreendentemente coeso ao misturar pop, rap, R&B em faixas dançantes e baladas melódicas. Destaque também para as letras, muitas vezes empoderantes, outras sarcásticas e engraçadas e, às vezes, inesperadamente honestas e fragéis. Longe do controle criativo da YG, Jennie mostra que é uma estrela que pode brilhar sozinha.

04. Pulp – More
Se havia alguma dúvida sobre se Jarvis Cocker e companhia ainda teriam algo a dizer décadas depois, este álbum é a prova. More não tenta recriar o Britpop dos anos 90; em vez disso, ele o atualiza. O álbum traz um retrato vívido, e também melancolico e cáustico, da vida moderna na Grã-Bretanha, abordando temas de envelhecimento, desigualdade e a busca incessante por algo… mais.
Bônus: artes de álbuns que achei 😍












03. Goldie Boutilier – Goldie Boutilier Presents… Goldie Montana
Abrindo o nosso Top 3, temos um álbum que é, na verdade, um filme sonoro: Goldie Boutilier Presents… Goldie Montana. O álbum não é apenas uma coleção de músicas, é a trilha sonora da vida de sua alter ego, a femme fatale Goldie Montana. Com sintetizadores exuberantes e a dramaticidade da Eurodance, Boutilier conta essa história cinematográfica, com letras que falam sobre traição, glamour decadente e perseguições noturnas.

02. Rosalía – Lux
A medalha de prata desta nossa lista vai para La Rosalía com o seu quarto álbum de estúdio, Lux. Depois de conquistar o mundo com a sua fusão de flamenco e trap, Rosalía não se acomoda; ela se reinventa. Lux se afasta da agressividade do anterior Motomami e se inclina para o pop experimental com toques de bolero e música erudita. Aqui a voz de Rosalía é a peça central, navegando por paisagens sonoras minimalistas, falando sobre a complexidade do sagrado feminino, fé, amor, luto e renascimento, explorando a dualidade entre o terreno e o divino, o êxtase e a dor.

01. Laufey – A Matter of Time
E finalmente, no topo da nossa lista de 10 Álbuns Favoritos de 2025, o número 1 é o sublime A Matter of Time de Laufey. A cantora sino-islandesa mostra que a sofisticação da nossa Bossa Nova, do jazz e do pop orquestral ainda tem um lugar no cenário atual. A Matter of Time é um álbum luxuoso, repleto de arranjos de cordas pomposos, harmonias suaves e melodias que parecem ter sido tiradas de um filme clássico. Laufey usa sua voz aveludada não apenas para cantar, mas para narrar a experiência de estar apaixonada e se desiludir. O projeto celebra a paciência no amor e na vida, com faixas que são ao mesmo tempo incrivelmente íntimas e de uma grandiosidade orquestral arrebatadora.






