Rush – No Limite da Emoção
Rush
Direção: Ron Howard
Elenco: Daniel Brühl, Chris Hemsworth, Alexandra Maria Lara, Olivia Wilde
EUA, 2013.
A primeira coisa que devo dizer sobre Rush – No Limite da Emoção é que jamais gostei de Fórmula 1. Pior, confesso que só conhecia Niki Lauda de ouvir falar e não tinha ideia de quem fosse James Hunt. Além disso, nunca fui fã do Ron Howard. Gosto de alguns de seus filmes, como O Preço de um Resgate, mas, em geral é um diretor um tanto burocrático e, definitivamente, não se trata de um dos meus preferidos. Entretanto, nada disso tem realmente alguma importância. Rush não é um filme feito apenas para os aficionados por Formula 1. Na verdade, o esporte é apenas pano de fundo, para falar de rivalidade e admiração, em uma biografia que poderá um agradar a um publico bem amplo. Sobre o diretor Ron Howard falo mais a seguir.
Dito isso, Rush é um dos melhores filmes do ano passado e ainda não entendi como pode ter ficado de fora da disputa do Oscar 2014, sem uma única indicação sequer (Trapaça teve 10. WTF?!?). Porém, como é sabido a tempos, o Oscar nem sempre prima por ser justo, então, vamos deixar isso de lado.
Rush acompanha a história da rivalidade entre os pilotos Niki Lauda (Daniel Brühl) e James Hunt (Chris Hemsworth), um o extremo oposto do outro, ambos talentosos e determinados a vencer. Lauda é o perito, sistemático, técnico, absolutamente profissional, enquanto Hunt é agressivo, um farrista beberrão e mulherengo.
Na pele de James Hunt, Chris Hemsworth, está correto, é charmoso e divertido ao dar vida ao piloto bon vivant. Mas, no campo das atuações, é mesmo Daniel Brühl quem brilha e isso nem se deve a caracterização física, que incluem próteses dentárias, para deixá-lo mais parecido com o piloto austríaco. Brühl compõe um Lauda complexo, cheio de nuances, dividido entre o desejo de vitória e o medo da morte, que parece iminente, a cada curva dos circuitos de corrida.
Para finalizar, sempre julguei Ron Howard um diretor correto, porém, um tanto quadrado. Entretanto, depois do ótimo Frost/ Nixon (2008) e agora de Rush, seus projetos futuros terão com certeza a minha atenção. No cinema, a primeira impressão também não precisa ser definitiva.