Em nosso segundo Antena Ligada, trago a cantora e atriz Leticia Persiles
Talvez você já conheça a Leticia da novela “Amor eterno amor”, mas como não sou noveleiro o que interessa aqui é o som que ela faz.
Leticia Persiles já foi vocalista da banda Manacá, excelente grupo que misturava rock com folclore e regionalismos, que infelizmente acabou após apenas um (ótimo) álbum.
Desde os 11 anos de idade Letícia faz teatro, além de ter pesquisas sobre folclore em seu curso de produção cultural na Universidade Federal Fluminense – UFF, o que ela leva como influência para sua musica. Fora isso, Leticia toca pandeiro e castanholas.
Após o fim do Manacá, além de prosseguir com sua carreira de atriz, ela leva adiante sua carreira solo na musica. Em breve estará lançando um álbum, do qual já disponibilizou na rede algumas musicas como “Confeito Saudade”, “Catavento” e “Das cruces\”.
O disco tem uma sonoridade, que ela mesma explica:
\”O processo criativo de composição (letras e melodias) floresceu de um estado de isolamento. Porém, não se trata de um afastamento da vida social, mas o encontro de um ponto estratégico de observação do mundo ao redor e de si própria. Foi através desse ponto de vista muito particular, onde se está presente e ausente, onde se é ator e espectador de um teatro onde as memórias, os sentidos e as expectativas se confundem com o real, que brotaram essas canções. Assim, na busca de uma sonoridade, que em sua essência se acomoda no quarto ou na sala de uma casa comum, em um jardim ou em uma praça, a escolha de instrumentos acústicos ou seja, capazes de emitir seus sons mesmo sem a companhia de equipamentos eletrônicos, foi fundamental. Isso ampliou a possibilidade de aproximação do universo abordado nas letras e composições. Dessa forma, o acordeon, por ser um instrumento que respira, que necessita do ar circulando em seu corpo, foi peça importantíssima na formação dessa atmosfera rica em sentidos e sentimentos, suspiros e respiros, ligados à simplicidade do cotidiano no lar, às relações de afeto, ao amor e sua relação com as distâncias: \”não há distância maior/ que longe de quem se ama\” (Cícero Moraes). O resultado final é uma mistura de muitas influências musicais e de diferentes vivências de cada um dos dos músicos, colocadas na composição, letras, arranjos e interpretação”