Uma entrevista do lançamento do filme After the Hunt, no Festival de Veneza 2025, viralizou nas redes sociais. A jornalista italiana e votante do Globo de Ouro, Federica Polidoro, foi duramente criticada após passar a entrevista sem direcionar nenhuma pergunta a atriz Ayo Edebiri, que participava junto com Julia Roberts e Andrew Garfield. Além de rude, a atitude foi apontada como racista por muita gente, especialmente por um momento em especifico.
Na entrevista, Polidoro questionou como Hollywood havia mudado depois que os movimentos MeToo e do Black Lives Matter foram “encerrados”, mas dirigiu a pergunta apenas a Roberts e Garfield, ignorando a única mulher negra presente, Edebiri. O constrangimento foi imediato. Andrew Garfield ficou visivelmente desconfortável; Julia Roberts pediu para Polidoro repetir a questão, alegando não ter entendido a quem a jornalista se dirigia, está então confirma que a pergunta era para Garfield e Roberts. Diante do silêncio, Ayo Edebiri toma a palavra, ressaltando que tanto o MeToo quanto o Black Lives Matter continuam vivos e necessários, mesmo que os holofotes midiáticos não estejam mais voltados a eles. Com calma e firmeza, Edebiri lembrou que hashtags podem perder força nas redes, mas os movimentos permanecem ativos graças a ativistas e comunidades que seguem lutando diariamente.
Pedido de desculpas não convence
Em seu instagram, Federica Polidoro publicou um comunicado de “desculpas”. No entanto, o texto, na verdade, não se desculpa, pois falha em assumir o apagamento de Edebiri. Em vez de reconhecer o erro, Polidoro preferiu se colocar no centro da narrativa e como vítima, destacando sua carreira, o “ódio online” que recebeu e até afirmando que aqueles que viram racismo em sua pergunta seriam “os verdadeiros racistas”.
Dessa forma, o comunicado acabou reforçando a percepção inicial de que Polidoro excluiu Edebiri,seja intecionalmente por não querer escutar a opinião de uma mulher negra sobre o assunto, ou talvez por inconcientementea achar que a opiniões de seus colegas brancos são mais relevantes.

Histórico de engajamento político levanta questionamentos. Outro aspecto que trouxe mais desconfiança foi o histórico de interações da jornalista nas redes sociais. Prints revelaram que Polidoro segue contas da extrema direita, além de ter compartilhado conteúdo islamofóbico. Esse padrão coloca em dúvida a neutralidade jornalística que ela reivindica em sua defesa, indicando que sua postura pode estar alinhada a vieses ideológicos específicos.

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