Álbuns Favoritos de 2022

2022 está chegando ao fim, mas antes de darmos adeus ao ano, quero destacar aqui os álbuns que mais curti durante o ano:

 10. Chloë and the Next 20th Century – Father John Misty

Chloë and the Next 20th Century é uma narrativa que, ao som de orquestras e jazz, ecoa nostalgia, Hollywood e David Lynch

Favorita do álbum: Chloë

9. 容: FACE – Solar

Solar é a líder do girlgroup sul-coreano Mamamoo e entrega aqui seu primeiro EP solo. Misturando Jazz, R&B, Bossa Nova e Rap em letras bem-humoradas, Solar cria um álbum vibrante, divertido e cheio de personalidade.

Favorita do álbum: Big booty

8. And In The Darkness, Hearts Aglow – Weyes Blood

Weyes Blood é uma daquelas artistas que não cria só um álbum, cria uma atmosfera através de suas músicas. Uma verdadeira viagem a um universo cheio de melancolia e folk.

Favorita do álbum: Grapevine

7. Dawn FM – The Weeknd

Sem sombra de dúvida para mim, The Weeknd é de longe o artista masculino mais interessante atualmente no pop mainstream. Através dessa estação de rádio do purgatório, o artista traz letras soturnas envolvidas em arranjos oitentistas, cheio de influências de Michael Jackson e Daft Punk

Favorita do álbum: Gasoline

6. Painless – Nilüfer Yanya 

Esse ouvi bem no inicinho do ano, mas tinha certeza absoluta de que esse álbum apareceria na  lista. Com influencias de Rock (percebo muito de PJ Harvey nela), soul e R&B, Nilüfer crava um retrato direto sobre a solidão durante a pandemia de Covid-19.

Favorita do álbum: The Dealer

Antes de seguimos com os 5+, vamos a umas menções honrosas ( em ordem alfabética): 

28 Reasons – Seulgi/ Antifragile – Le Sserafim/ Based on a feeling – Sabrina Claudio/ Between 1&2 – Twice/ Bronco – Orville Peck / Citizens – Faouzia/ Cool It Down – Yeah Yeah Yeahs/ Consolation –  Pomme/  Crash – Charli XCX / Crazy life – Anna of The North/ Dance Fever – Florence + The Machine/ Dirt Femme – Tove Lo/ Dropout Boogie – The Black Keys/ Earthling – Eddie Vedder/ emails i  can\’t send – Sabrina Carpenter/ Em Nome da Estrela – Xênia França/ Escape – Desire/ Feaver Dream –  Cannons/ Forever1 – Girls\’ Generation / Fearless – Le Sserafim/ Fossora – Björk/ Further Joy – The Regrettes / Here is everything – The Big Moon/ Hold On Baby – King Princess/ Hold the Girl – Rina Sawayama/ Holy Fvck – Demi Lovato/ How to let go – Sigrid/ I Am Your God – MOTHERMARY/ I Love – (G)I-dle/ Impera – Ghost/  I Never Die – (G)I-dle/ In My Head – Lights/ Jack in the Box – J-Hope/ Jardineiros – Planet Hemp/ Low life princess: Noir – Bibi/ Mata – M.I.A/ Mic On – Mamamoo/ Moss – Maya Hawke/ Motordrome – MØ / Move again – Kara/ Mr. Universe – Willow Kayne feat. General Levy/ NewJeans – NewJeans/ Only the strong survive – Bruce Springsteen/ Nocturnal – Mothica/ Raving Dahlia – Sevdaliza – / Reborn – Pixy/ Redcar les adorable étoiles – Christine and the Queens/ S.I.D.E.S – Alice Merton / Sobre Viver – Criolo/ SOS – SZA/ Surrender – Maggie Rogers/  Sunday in heaven – Zella Day/ Supernova – Nova Twins/ Skin – Joy Crookes/ The Happy Star – Lexie Liu/ The Other Side of Make-Believe – Interpol/ WE – Arcade Fire/ Wet Tennis – Sofi Tukker/ WHEE – Wheein/ Will of the people – Muse/ Year of the Snake – Softcult/ You can\’t kill me – 070 Shake/ Zeit – Rammstein 

5. The Loneliest Time – Carly Rae Jepsen 

Em seu quinto álbum, Carly segue firme como uma das artistas pops mais interessantes em atividade. A artista segue divertindo com sua sonoridade cheia de influencias oitentistas e suas letras sarcásticas.

Favorita do álbum: Beach house

4. RENAISSANCE – Beyoncé

Acredito que um dos pontos mais interessantes de RENAISSANCE, é que o álbum reverencia e referencia a música negra, especialmente o Disco (inclusive com a participação da grande Grace Jones na faixa Move), mas também o Soul, R&B e Rap, ao mesmo tempo que é um trabalho pessoal, em que Beyonce expressa um certo sentimento de não-pertencimento, gerado principalmente pelo contraste de uma criação cristã opressora com a mulher e artista que que ela se tornou.  No fim das contas, esse álbum, que é propositalmente caótico, acaba sendo um panorama e uma celebração à essas várias Beyoncés e à cultura negra.

Favorita do álbum: Tique

3. Laurel Hell – Mitski

Mitski é um excelente exemplo de como mudar não necessariamente significa abandonar sua essência. A cantora e compositora que já lançou álbum com orquestra ou preferindo arranjos minimalistas, hoje mergulha nos anos 80, com músicas dançantes e muitos sintetizadores, mas as letras cínicas continuam as mesmas 

Favorita do álbum: Working for the Knife

2. MOTOMAMI – Rosalía

Rasalía é umas das artistas mais únicas e criativas a surgir nos últimos tempos. Eu já sabia disso desde a primeira ouvida em El Mal Querer, seu irretocável primeiro álbum, e Motomami só confirma isso. É pop, é trap, é reggaeton, é flamenco, é jazz, tudo o bem misturado 

Favorita do álbum: Saoko

1. Mr. Morale & the Big Steppers – Kendrick Lamar

Esse é o quinto album do rapper, um álbum duplo com 19 canções, que refletem sobre o culto às celebridades, a sociedade em que vivemos no geral, como o artista sempre fez, mas dessa vez com um enfoque bem mais intimo, tocando em temas e experiências pessoais: infância, relacionamentos e erros do passado. Sonoramente, temos aqui todas a criatividade pela qual Lamar já é conhecido, misturando blues, jazz, e arranjos orquestrais com batida eletrônica. No conteúdo, Lamar mostra que é poeta do cotidiano, mas também humano e imperfeito, como na canção We Cry Together, que traz uma letra pesada sobre um relacionamento tóxico, permeado por racismo e misoginia, e que conta com a brilhante participação da atriz Taylour Paige; Auntie Diaries, uma honesta confissão sobre como levou certo tempo para compreender seus parentes trans; e Mother, I\’m sober, sobre família e traumas.

Favorita do álbum: N95

Versão resumida no shorts:

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