(Hell Comes to Frogtown)
Direção: Donald G. Jackson, R.J. Kizer
Elenco: Roddy Piper, Sandahl Bergman, Cec Verrell, William Smith, Rory Calhoun
EUA, 1988
Após uma grande guerra nuclear, as taxas de infertilidade atingiram altos índices e o número de mulheres na Terra é bem superior ao de homens . Sam Hell (Piper) é o único homem ainda fértil que sobreviveu ao hecatombe. Ele estava prestes a ser morto quando é salvo por duas cientistas que trabalham para um grupo de pesquisa militar. Preocupado com a continuidade da raça humana, o objetivo desse grupo é repovoar o planeta.
Em troca de ficha limpa, Hell assina um contrato topando inseminar as mulheres férteis. Porém, existe uma complicação. As mulheres foram raptadas e levadas para Frogtown, território dominado por sapos mutantes, onde agora fazem parte do harém do vilão Toty. Acompanhado das oficiais Spangle e Centinella, Hell parte para o lugar, onde deve libertar as moças para que possa cumprir a tão importante missão. Como o cara não aceitou o trabalho de boa, colocam nele uma garantia para que vá cumprir o serviço e não pense em tentar escapar.
Hell Comes To Frogtown é mais uma daquelas obras bagaceiras realizadas nos anos 80 que vieram no rastro dos filmes da trilogia Mad Max. Produzido pela New World (de onde saiu também o clássico Hellraiser, de Clive Barker), Hell se diferencia dos outros zilhões de cópias da obra de George Miller (boa parte exibidas nas tardes do SBT nos anos 80/90) graças ao seu roteiro, que não se leva a sério em momento algum. Em vez de virar uma provável comédia involuntária, o filme se assume um besteirol o tempo todo.
Começa pelo ator escalado para ser o protagonista. o falecido Roddy Piper estrelou no mesmo ano o clássico They Live ( Eles Vivem, por aqui) de John Carpenter. Se no filme do mestre João Carpinteiro Piper é coolzão, Em Hell Comes To Forgtown, ele é um tremendo fanfarrão, parecendo se divertir o tempo todo na sua interpretação. Completando o elenco principal temos as belas Sandahl Bergman (Conan, O Bárbaro, com Arnoldão), no papel de Spangle, e Cec Verrell (protagonista durona de Silk, que aqui no Brasa ganhou o inacreditável titulo de Silk – Sedosa e Mortífera) como a soldado Centinella, encarregada de mandar bala, do alto do carro que transporta o trio, com sua metranca.
Os sapos humanoides até que não são malfeitos. Lembram de longe os dinossauros da Família Dinossauros. As fantasias mexem a boca e tal. Os créditos iniciais com os nomes do elenco são bem bacanudos. Enfim, curto bastante esses trashões das antigas que primam pela criatividade e compensam o baixo orçamento com muitas ideias malucas.
Hell Comes To Frogtown valeria somente pelo elenco, que parece estar achando graça de tudo aquilo o tempo todo. As produções de hoje em dia perderam muito o charme com todo seu CG malfeito (Ainda até rola aturar as continuações de Sharknado, que aprenderam a não se levar tão a sério como as demais produções da Asylum, mas não tem o mesmo brilho)
Como toda bagaça que chama um pouco a atenção pela originalidade, Hell também teve suas sequências. Foram três, todas sem nenhum nome do elenco original: Return to Frogtown (1992), Toad Warrior (1996) e Max Hell Frog Warrior (2002). Não assisti nenhuma, mas provavelmente devem superar o primeiro de longe no quesito podreira. O também falecido Robert Z\’Dar (vilão de Maniac Cop e outros incontáveis filmes) é o mocinho do segundo filme, vejam só.
Fica a dica para o Dwayne Johnson/The Rock fazer um remake. Acho mais válido do que um de Os Aventureiros do Bairro Proibido, que é um filme que todo mundo conhece. A Alexandra Daddario poderia até ser a nova Centinella.