Review – Fuga no Século 23

 Logan\’s Run

Direção Michael Anderson

Elenco: Michael York, Richard Jordan, Jenny Agutter, Roscoe Lee Browne, Farrah Fawcett, Michael Anderson Jr., Peter Ustinov.

EUA, 1976

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Vamos falar de Logan!

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 No século 23, a humanidade vive em uma cidade avançada tecnologicamente, controlada por computadores e cercada por uma grande redoma que a protege dos efeitos do planeta contaminado pela devastação nuclear. Não existe crimes ou miséria e as pessoas seguem um estilo de vida hedonista, com relações sexuais sem compromisso. Well, tudo seria uma maravilha se não fosse pelo Carrossel.

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Nope, nada a ver com aquele Carrossel da professora Helena. Ocorre que nessa sociedade ninguém pode passar dos 30 anos. Chegando nessa idade, as pessoas são obrigadas a participar do tal Carrossel, que se trata de uma cerimônia pública onde elas são “renovadas” (na verdade, um espetáculo bizarro onde elas são mortas diante de uma plateia maravilhada). Quem se recusa a entrar no Carrossel acaba executado pelos Sandman, a força policial do lugar.

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Esses Sandman obedecem sem questionar o governo, mesmo sendo também obrigados a passar pelo carrossel. Enfim, são mesmo policiais. Logan é um destes Sandman. Seguindo ordens, ele se infiltra entre os fugitivos dessa sociedade para descobrir o esconderijo deles e a verdade sobre a lenda do Santuário. Nada a ver com Cavaleiros do Zodíaco, mas um lugar onde as pessoas poderiam viver mais do que 30 anos. O problema é que Logan começa a questionar o sistema e resolve fugir para esse Santuário, sendo agora caçado por um antigo parceiro.

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Baseado no livro de William F. Nolan e George Clayton Johnson, publicado em 1967, Fuga no Século 23 tem claras referências a extinção do meio ambiente e a contracultura hippie, em voga na época, além de flertar com o mito de Platão. Mais um clássico da ficção cientifica que discute os valores de uma sociedade utópica, alienada e consumista e que pergunta se você iria preferir viver nela ou numa realidade sem conforto (ou bifes). Tem uma excelente premissa, mas não ganhou a mesma importância adquirida por outras produções notórias do gênero que também abordam o tema. Talvez tenha sido prejudicado pela fraca atuação do protagonista Michael York ou pelos efeitos especiais toscos, como o robozão que surge ali pela metade do longa, superados no ano seguinte por Star Wars.

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Ainda assim é um filme divertido. Curto a ambientação e os figurinos exagerados e artificiais. Uma atmosfera camp, psicodélica, carregada de cores e brilho. Alguns vão dizer que envelheceu mal, talvez sim, mas acho que tem tudo a ver com o modo de vida daquela sociedade afetada. A parte final é corrida, mas o filme fecha bem mesmo não indo tão fundo na temática proposta. Destaque para a trilha do grande Jerry Goldsmith e o veterano Peter Ustinov e as belas Jenny Agutter, de O Lobisomem Americano em Londres, e Farrah Fawcet, a eterna pantera, no elenco.

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Fuga no Século 23 também deu origem a uma série televisiva de vida curta, com elenco diferente, lançada em 1977 e rendeu ainda diversas adaptações para os quadrinhos. Faz tempo que se fala em um remake, mas até agora o projeto não vingou.

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Esteve até nas mãos do Brian Singer e atualmente se encontra nas mãos dos produtores Simon Kinberg e Joel Silver. Já foram escritos vários roteiros e a última versão é de Ryan Condal (da série Colony, que nunca vi, nem comi e muito menos tinha ouvido falar). Segundo rumores, o protagonista do novo Fuga no Século 23 seria uma mulher vivida por Scarlett Johansson. Não curto muito os remakes atuais, muitos sem inspiração, mas até acho que este seria uma boa pedida.

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Vale lembrar que o filme foi lançado pela Versátil no volume 1 do box Clássicos Sci-Fi

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