Resenha Ultraman Arc

Crítica – Ultraman Arc (2024-2025)

Título:Ultraman Arc
Título Original:Ultraman Arc
Produção:Tsuburaya Productions
Direção:Takanori Tsujimoto, Masayoshi Takesue, Tomonobu Koshi, Yusuke Akitake, Hiroaki Yuasa, Toshiki Hata, Takafumi Suzuki
Roteiro:Jun Tsugita, Junichiro Ashiki, Toshizô Nemoto, Masaya Honda, Takao Nakano, Kyoko Katsuya, Uiko Miura, Ryo Yoshigami
Elenco:Yuki Totsuka, Sho Kaneta, Kaho Mizutani, Kôichirô Nishi, Yûya Hirose, Eriko Satô
País:Japão
Ano:2024-2025

Ultraman Arc: Cores e imaginação contra as histórias cinzentas de super-heróis

Confesso que Ultraman Arc demorou um pouco para me conquistar. Isso porque o novo Ultra tinha a difícil missão de suceder Ultraman Blazar, um dos heróis mais carismáticos da franquia nos últimos anos. Mesmo com a estreia dos primeiros episódios, a série não me empolgou de imediato como Blazar havia conseguido logo de cara. No entanto, com o tempo, Arc foi me conquistando, especialmente por trazer alguns elementos que fugiam dos clichês desse tipo de série.

Um dos diferenciais de Ultraman Arc em relação à maioria das séries da franquia é a organização na qual o protagonista trabalha. A SKIP não enfrenta os kaijus diretamente em combate; em vez disso, foi criada para prevenir os desastres causados por esses ataques, colaborando com a comunidade científica e auxiliando na evacuação dos cidadãos quando um confronto se torna iminente. O protagonista, Yuma Hize, é um dos sobreviventes de um ataque de kaiju no qual perdeu seus pais. Anos depois, ele seguiu carreira na pesquisa de biologia de kaiju e, apesar do trauma do passado, nunca perdeu a capacidade de imaginar.

Como investigador novato, Yuma se junta à SKIP e é designado para a filial da Cidade de Hoshimoto. No entanto, quando um novo kaiju ataca a cidade, ele, desesperado para ajudar as pessoas, encontra novamente o ser de luz que viu quando criança. Esse ser surge em seu auxílio e lhe diz para liberar sua imaginação. Assim, Yuma se torna o hospedeiro do novo gigante de luz, Ultraman Arc, assumindo a missão de proteger a cidade dos ataques dos kaijus.

Ultraman Arc apresenta um enredo principal bastante interessante, mas se destaca mais em episódios isolados que fogem do óbvio. O episódio 8, Internet Kanegon, é um exemplo disso — originalíssimo e extremamente divertido. Já o episódio 9, Goodbye, Rin, entrega um drama cativante e emocionante. Meu favorito, no entanto, é o episódio 22, The Man in the White Mask. Ele encapsula perfeitamente o tema central da série, a imaginação, e, para mim, parece até uma crítica ao tom acinzentado que tem dominado as narrativas de super-heróis atualmente. Ou talvez eu só esteja viajando. Ou será que não?

Para não dizer que tudo funcionou perfeitamente, o encontro com — logo ele — Blazar acabou sendo decepcionante. Comparado ao encontro entre Trigger e Decker na série deste último, que foi muito mais memorável, a Tsuburaya poderia ter seguido um esquema semelhante, trazendo os personagens da série anterior para mostrar como estão atualmente e até desenvolvendo melhor as personalidades de Blazar e Arc. Por outro lado, os episódios com Givas foram ótimos, e o design do personagem é simplesmente sensacional.

Os episódios finais encerram a série de forma satisfatória e são, na maior parte do tempo, empolgantes, com momentos inspirados. Um dos destaques é a cena em que Arc dá uma volta ao mundo no melhor estilo Julio Verne para derrotar o monstro principal no ultimo episódio. Além disso, a revelação da identidade do herói para seus companheiros da SKIP foi bem conduzida.

O maior dilema das séries Ultra da nova geração continua sendo sua curta duração. No entanto, talvez isso não seja exatamente um problema, já que essa abordagem parece garantir uma produção mais refinada e, na maioria das vezes, deixa aquele gostinho de “quero mais”.

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