O inesquecível Peter O\’Toole
Hoje tive vontade de escrever sobre o grande Peter O’ Toole
Peter Seamus O’Toole nasceu em 2 de agosto de 1932, em Connemara, na Irlanda. O’Toole estudou em um colégio católico, período que ele descreveu da seguinte forma: “Eu costumava ter medo das freiras: toda sua negação a feminilidade – os vestidos pretos e raspar todo cabelo – foi tão horrível, era terrível\”. Aliás, O’Toole dizia ter perdido a fé na religião organizada quando adolescente, mas afirmava continuar crendo em Cristo, ao seu modo: “Ninguém pode levar Jesus para longe de mim … não há nenhuma dúvida de que houve uma figura histórica de grande importância, com noções enorme. Como a paz\”.
Ao sair da escola, ele conseguiu um estágio como jornalista e fotógrafo. Em 1952, O’Toole, através de uma bolsa de estudos, ingressou na Royal Academy of Dramatic Art, onde estudou na mesma classe de Albert Finney.
Na vida pessoal é sabido que O’ Toole tinha problemas com o álcool. Sua esposa, a atriz galesa Siân Phillips, com quem foi casado de 1959 a 1979, alegava que Peter bebia demais e era sujeito a crises de ciúmes. Com Siân, ele teve duas filhas, Kate e Patricia. De um relacionamento com a modelo Karen Brown, nasceu seu terceiro filho, Lorcan. A bebida foi a causa de alguns problemas de saúde que quase o levaram a morte nos anos 70, quando precisou ter seu pâncreas e grande parte do estômago removidos.
Como ator, os primeiros trabalhos de Peter O’ Toole foram no teatro, onde atuou, por exemplo, em diversas peças de Shakespeare, inclusive vivendo o papel titulo de Hamlet. Fez alguns trabalhos na televisão e em 1960 aconteceu sua primeira aparição no cinema, no filme Kidnapped. Entretanto, seu primeiro papel de expressão viria em 1962, papel que marcaria a sua carreira e pelo qual seria sempre lembrado: T. E. Lawrence, em Lawrence da Arábia. O’Toole protagonizou o filme, depois que, veja só, Marlon Brando e Albert Finney recusaram o projeto.
Lawrence da Arábia lhe rendeu a primeira das suas oito indicações para o Oscar de melhor ator. Oscar que só viria em 2003, pelo conjunto de sua obra. Por essas e outras, sempre achei que as pessoas costumam levar o Oscar mais a sério do que deveria…
Peter recebeu seu Oscar honorário das mãos de Maryl Streep
Ao longo de sua carreira, O’Toole ganhou quatro Globos de Ouro, um BAFTA e um Emmy.
Com Audrey Hepburn, em Como Roubar Um Milhão de Dólares (1966)
com Romy Schneider, em O Que é Que Há, Gatinha? (1965)
Em 2004, acompanhado por Eric Bana e Brad Pitt, na estreia de Tróia (2004)
Peter O’Toole faleceu em 14 de dezembro de 2013, aos 81 anos, segundo o divulgado, de causas naturais.