Review – Esquadrão Suicida (2016)

Esquadrão Suicida

Suicide Squad
Direção: David Ayer.
Elenco: Will Smith, Margot Robbie, Viola Davis, Jared Leto, Jai Courtney, Jay Hernandez, Adewale Akinnuoye-Agbaje, Cara Delevingne, Joel Kinnaman, Karen Fukuhara, Adam Beach, Scott Eastwood, Ezra Miller e Ben Affleck.
EUA, 2016


Antes tarde do que nunca. Enfim, assisti Esquadrão Suicida. Ainda que ache o último Quarteto Fantástico mais desastroso, digo que essa obra baseada nos personagens da DC Comics é tão vergonhosa quanto. Diferente de BvS, não é apenas um filme medíocre. É bem bosta mesmo.

O roteiro é fraco e mal amarrado (talvez porque o Amarra tenha sido o primeiro a morrer, huahuahua). As cenas de ação poderiam salvar, mas são genéricas e nada empolgantes, sofrendo com uma edição bem ruinzinha. A fotografia é bem escura, contrastando com os cartazes de divulgação bem coloridos da bagaça. Mesmo a trilha sonora não funciona, as músicas são boas, mas a maioria são escolhas bem óbvias. As músicas vão sendo jogadas uma atrás da outra; até Spirit in the Sky, que foi destaque recente na trilha de Guardiões da Galáxia, é tocada em um momento.


Sobre os membros do Esquadrão, a toda hora você é lembrado que a equipe é formada pelo pior do pior do pior, mas na verdade eles são mais gente boa que o Batfleck de BvS e se apegam com uma facilidade tremenda. Também não convencem em nenhum momento como sendo capazes de encarar grandes ameaças, com o filme dando aquelas forçadas de barra para te fazer acreditar que eles são.

Não vi o Pistoleiro, mas apenas Will Smith sendo Will Smith. Arlequina é divertida, mesmo que passe longe da carismática personagem de Batman – The Animated Series (onde surgiu), e seu shortinho sempre se sobressai nos momentos que está em cena. Bumerangue não fede e nem cheira. Croc ficou visualmente interessante, com uma maquiagem bem bacana, mas é subaproveitado. Katana está lá pra usar o idioma japonês e fazer pose com sua espada (ou chorar diante dela, huahuahua). El Diablo tem até mais destaque do que eu esperava e é realmente o único suicida do grupo. Por fim, o Amarra está ali pra mostrar que Amanda Waller fala sério.


O Rick Flag de Joel Kinnaman é um saco de clichês e a Magia é uma vilã bem nhé. Quem rouba a cena é mesmo Viola Davis com sua Amanda Waller inflexível e autoritária. Batman aparece em cenas com Pistoleiro e sua filhota (onde tem direito a um diálogo risível numa atitude filha da puta), perseguindo Coringa e Arlequina e, numa cena pós-crédito com Amanda Waller, exercendo seu lado Nico Fúria.

O Coringa do Jared Leto é de longe a pior coisa do longa. Canastra ao extremo, suas gargalhadas, trejeitos, nada funciona. Nada. O visual escroto acaba sendo o menor dos problemas diante de uma atuação tão pouco inspirada. Ótimo que ele não apareça o tempo todo, mas uma pena que vá retornar nos próximos filmes.

Esquadrão Suicida é um filme com personagens com bom potencial, prejudicado por más escolhas no elenco (Leto, Courtney e Delevigne), roteiro meia-boca, direção pouco inspirada e alterações na pós-produção pra deixar tudo mais engraçadinho (com piadinhas tão ruins quanto as de Thor 2). Não considero Esquadrão pior que Quarteto porque é um filme que ainda é constante. Ele não muda de tom na metade. É ruim o tempo todo e não desaponta exatamente por não ter fazer acreditar que pode sair coisa melhor dali. A ruindade ainda diverte em certos momentos como a dancinha da Magia. Sobrou pra Mulher-Maravilha provar que a Warner ainda pode fazer um bom filme inspirado nos personagens da DC Comics.

1.0/5.0

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MARC TINOCO

Cinema, música, tokusatsu e assuntos aleatórios não necessariamente nessa ordem. 


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