Joy – O Nome do Sucesso
Joy
Direção: David O. Russell
Elenco: Jennifer Lawrence, Robert De Niro, Edgar Ramirez, Diane Ladd, Bradley Cooper, Isabella Rossellini
EUA, 2015
Baseado em fatos reais, Joy acompanha a história de uma dona de casa sem grana, que inventa um esfregão e sua cruzada para vender o produto, que culmina em um daqueles programas de televendas (tipo do grupo Imagem, lembram?).
Joy é responsável por tudo dentro de casa. Sua Mãe passa os dias assistindo novelas; seu pai (Robert De Niro) tem uma pequena oficina, que não vai muito bem, mas está mais preocupado em arrumar uma namorada; ele também nunca incentiva Joy a nada, não acredita em seu potencial ou do seu produto; por fim, o ex-marido (Edgar Ramirez) é um cantor fracassado que vive no porão da casa de Joy.
A intenção de Russell era satirizar as novelas norte-americanas. Dentro dessa proposta, é extremamente cafona, com seus diálogos clichezentos e melodramáticos. Todavia, ao invés de soar cômico, Joy só consegue ser tedioso e irritante.
Russell também insiste em forçar sua parceria com Jennifer Lawrence, colocando-a em uma papel que obviamente seria para uma atriz mais madura. Resultado: não convence. As demais atuações são tão forçadas quanto tudo mais no filme, mas assim como o fraco desempenho de Lawrence, não é culpa do elenco, mas do tom exagerado que engessa suas performances, na tentativa de transformar qualquer acontecimentozinho em algo dramático. O que, mais uma vez, está dentro da proposta de brincar de novela, mas ainda assim não funciona.
David O. Russel é um caso de diretor mediano, que não consigo entender como foi alçado ao primeiro escalão, com direito a três indicaçãoes ao Oscar de Melhor Diretor: O Vencedor (2010), O Lado Bom da Vida (2012), A Trapaça (2013). Não que o Oscar seja indicativo de qualidade.
Enfim, era melhor ter feito um filme sobre as facas Ginsu. Já posso imaginar seu criador pensando em como gostaria de cortar canos, pregos e nenhum faca o conseguia.