Review – Kamen Rider Amazon (1974)

Amazon começa de forma empolgante, mas depois recua e acaba caindo na mesmice

Kamen Rider Amazon 


Kamen Rider Amazon, 1974

Criadores: Toei Company, Shotaro Ishinomori












Elenco:  Tōru Okazaki, Akiji Kobayashi, Yōji Matsuda, Mariko Matsuoka 












Sinopse:

Um avião cai na floresta amazônica e o único sobrevivente era um recém nascido japonês, Daisuke Yamamoto, que foi encontrado por um sacerdote que o adotou e lhe deu o nome de Amazon. Anos mais tarde, o sacerdote, em um ritual de magia, deu-lhe poderes. Amazon usa seus poderes de Rider para lutar contra o Império maligno de Geddon.

Cotação:  

Depois de terminar o enfadonho Kamen Rider V3 (1973), decidi pular Kamen Rider X (1974) e ir direto para Kamen Rider Amazon (1974), que parecia prometer algo bem diferente das séries anteriores. E, de fato, no início, até que cumpriu essa expectativa.


Na trama, um avião cai na floresta amazônica, deixando o jovem Daisuke Yamamoto órfão. Ele é adotado por uma tribo inca e se torna uma espécie de Tarzan. Logo, sua aldeia é dizimada pela organização Gedon, que está em busca do poderoso Bracelete GiGi para, junto com o Bracelete GaGa, dominar o mundo pop. O último inca entrega o GiGi a Daisuke e realiza um ritual místico que transforma o jovem no selvagem Kamen Rider Amazon. Ao chegar no Japão, Amazon enfrenta o grupo maligno e faz amizade com um garoto irritante e sua irmã. Tobei Tachibana também reaparece para dar uma força ao novo Rider. Desta vez, o coroa não tem nem uma loja de motos, nem uma de produtos de 1,99, e aparentemente vive em um carro.


Visualmente, Amazon é interessante. O herói se diferencia bastante de seus antecessores e tem um comportamento mais próximo dos monstros que enfrenta. Ele luta de forma selvagem, dilacerando os adversários ao cortar braços e pernas, o que resulta em um gore exagerado para um programa infantil. Daisuke anda de tanga pela cidade numa boa e tem dificuldade em se comunicar com as pessoas, enquanto aprende sobre a civilização com o garoto Masahiko. Inicialmente, ele nem sequer tem uma moto. Ele é chamado de Amazon Rider, e não de Kamen Rider. 


O Demônio de Dez Faces Gorgos, líder de Gedon, é outro achado. Seu visual parece mais com um vilão de Lion Man do que Kamen Rider com um rosto parecendo de uma estatueta demoniaca e a parte inferior de seu corpo com rostos humanos a mostra. Ele possui o Bracelete GaGa e deseja adquirir o GiGi para arrasar.


Infelizmente, a partir do episódio 14, a série muda de tom e fica mais parecida com as anteriores. A organização Gedon é substituída pelo Império Garanda, que é basicamente mais uma versão da Shocker (a organização inimiga do primeiro Rider) com outro nome. O novo chefão, Zero, não tem o mesmo impacto visual que Gorgos, parecendo mais o destaque de uma escola de samba do grupo de acesso. Daisuke aprende a falar japonês, e Amazon ganha uma moto que, pelo menos, é bem peculiar, com suas enormes barbatanas. As tramas passam a seguir a mesma fórmula dos outros Riders, com os vilões tramando planos e sequestrando amigos do herói, culminando em confrontos rotineiros e sem emoção entre vilão e mocinho.


Nessa segunda fase, o maior destaque é o monstro Jūjin Toupeira, que apelidei carinhosamente de “tchu-tchu” por causa do som que ele faz quase o tempo todo. Precursor do monstro Baleia de Kamen Rider Black, Tchu-tchu trabalhava para Gedon, mas se junta a Amazon após ser salvo por ele. Ele se torna um aliado recorrente, chegando a ajudar Amazon em sua luta contra o Império Garanda.


Amazon começa de forma empolgante, mas depois recua e acaba caindo na mesmice, terminando com um final de pouco impacto. Apesar disso, o visual diferenciado e os gestos selvagens fizeram dele um dos heróis mais distintos e memoráveis da franquia. Mesmo sendo a série mais curta de um Rider, é inegável que deixou sua marca, conquistando um status cult. Tanto que, em 2016, a Toei e a Amazon lançaram uma reimaginação batizada de Kamen Rider Amazons, voltada para o público adulto. Ainda não tive a chance de assistir, mas pretendo conferir em breve.

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Marc Tinoco

Cinema, música, tokusatsu e assuntos aleatórios, não necessariamente nessa ordem

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