Review – Kousoku Sentai Turboranger (1989)

Faz um tempo resolvi assistir algumas séries oitentistas da franquia Super Sentai da Toei Company que ficaram inéditas por aqui. Recentemente terminei a modorrenta Kousoku Sentai Turboranger, lançada originalmente em 1989, com um total de 50 episódios.


Junto  ao doutor Dazai, Sealon, a última fada, reúne cinco estudantes do ginásio para se tornarem os Turborangers (?) e enfrentar os vilões do Império Bohma, que escaparam de sua prisão para tocar o terror no mundo humano.

Me interessei em ver essa bagaça porque achei que o fato dos protagonistas serem estudantes daria um diferencial a série, pois, geralmente, os heróis das produções do gênero vivem só para combater o mal e acabou. Me enganei legal, já que os personagens raramente aparecem no colégio. Fiquei até surpreso com o fato de que eles conseguem se formar no final! Poderiam ter desenvolvido relações com uma turma, mostrado mais o lado humano dos personagens, mas não.


Só lembramos que eles são estudantes em raros episódios, quando aparecem na escola lidando com algum colega aleatório que aparece uma vez pra nunca ou quando os roteiristas apelam para uma professora Helena chata pra dedéu, que é enfiada de qualquer jeito em alguns episódios. Fora isso, os cinco heróis sofrem de uma total falta de personalidade. Pode-se dizer que todos eles são a mesma pessoa!


Os vilões de Bohma até são bem bacanas. O problema é que quase todos vão pro saco na metade da série e são substituídos por uma duplinha formada pelo rebelde e a nerd da escola que se descobrem os novos poderosos antagonistas dos heróis e são meio sacais. Os Soldados Hidlers da vez tem um dos visuais mais chinfrins da história da franquia, mas, pra compensar, os monstros da semana são criativos e carismáticos.


Mas eu diria que o melhor de Turboranger é mesmo a música chiclete da abertura cantada por Kenta Satou, o intérprete do líder Red Turbo. A trama não empolga como as de Flashman ou Liveman, os personagens não são bem desenvolvidos com os de Changeman (melhor série de personagens da época pra mim) e as lutas não são muito inspiradas. Não faz muito sentido também os heróis serem defensores da natureza e das fadas e terem carros como símbolos. Devem usar combustível não poluente.

Enfim, a série tem três possibilidades para ótimas tramas (escola, carros e ecologia) e não trabalha nenhuma direito. Um bom exemplo de como os personagens são mal desenvolvidos é a própria fada Sealon, que funciona mais como uma Wikipedia de monstros na maioria dos episódios.


Turboranger decepciona bastante, ainda mais por ser a sucessora de Liveman, que foi uma das melhores séries do gênero. Surpreende o lance dos vilões serem derrotados no meio da série, mas o que se segue, com os heróis coloridos enfrentando os colegas desajustados, não empolga. Pensei até em desistir dela no episódio 40 (um dos piores de todos os tempos) mas como faltava pouco, segui em frente. Melhora um pouco na reta final com o retorno do líder de Bohma, proporcionado alguns bons episódios, como o que os heróis perdem os poderes e a Pink Ranger pilota sozinha o robô gigante. Mas é pouco, muito pouco.

1.5/5.0

Well, agora vou assistir Jetman pra ver mesmo se tem as histórias maduras e os personagens bem desenvolvidos que alardeiam por aí.

As críticas das outras duas séries que já conferi:

Bioman

Liveman

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MARC TINOCO

Cinema, música, tokusatsu e assuntos aleatórios não necessariamente nessa ordem. 


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