Mad Max
Idem
Direção: George Miller
Elenco: Mel Gibson, Joanne Samuel, Hugh Keays-Byrne
Austrália, 1979
Poizé galera, aquecendo os motores pra conferir Mad Max: Estrada da Fúria, resolvi escrever umas linhas sobre Mad Max, o primeirão. Revi os dois primeiros essa semana (ainda pretendo assistir novamente o terceiro) e eles continuam fodásticos.
No primeiro Mad Max ainda não temos aquela terra deserta imortalizada nos filmes seguintes e em dezenas de imitações baratas que foram feitas a rodo nos anos seguintes (do legalzinho Cherry 2000, com Melanie Griffith, a diversas tranqueiras italianas e o Waterworld do Kevin Costner).
Temos uma Austrália ferrada onde os “bronzes” (como os policiais são chamados pelos meliantes) tentam manter a lei e a ordem nas estradas dominadas por motoqueiros arruaceiros, esquisitões e extremamente violentos. Um desses homens da lei é Max, vivido por um jovem Mel Gibson, ainda em seu terceiro filme na carreira.
Quando um colega é emboscado pelos criminosos, Max decide deixar a policia e vai com a mulher e o filhinho viver tranquilo na roça. Claro que os motoqueiros selvagens vão cruzar o caminho deles e um desfecho trágico faz com que Max fique com sangue nos olhos e parta para a vingança.
Mesmo com um orçamento limitado, George Miller bancou a parada e entrega várias cenas de perseguição bacanas. A corrida inicial, que vai culminar na apresentação de Max, é sensacional. A narrativa tensa e a crueza das cenas seguram o filme mesmo quando ele dá uma freada nas cenas de ação em certo momento.
Mel Gibson está perfeito no papel-título. Li certa vez numa edição da Seleções que ele ganhou o papel depois de comparecer aos testes de elenco com um corte na cara depois de ter participado de uma briga de bar na noite anterior, huahuahua.
Miller também manda bem no que se refere a criação de personagens exóticos, como Toecutter, o líder malucão dos motoqueiros, vivido por Hugh Keays-Bryne. Byrne retorna em Estrada da Fúria, como o novo vilão Immortan Joe.
Mad Max continua um filme muito foda, com um final inesquecível. Fez um enorme sucesso e, em 1981, veio a sequência, novamente dirigida por Miller. Mad Max 2, ou The Road Warrior, que aqui virou Mad Max 2- A Caçada Continua (?), é o meu favorito da franquia e tem a melhor sequência de perseguição do cinema com aquela música fantástica de Brian May (que não é o do Queen). Ainda escrevo sobre ele.
5.0/5.0 |
MARC TINOCO
Cinema, música, tokusatsu e assuntos aleatórios não necessariamente nessa ordem.