Review – One Piece Odyssey (2023)

One Piece Odyssey surpreende com a qualidade e fidelidade


One Piece Odyssey


Data de Lançamento: 10 de janeiro de 2023

Desenvolvedor: ILCA












Plataforma:  Nintendo Switch, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X e Series S, Microsoft Windows








Sinopse:

No meio de uma viagem oceânica, os Piratas do Chapéu de Palha tem seu navio engolido por uma poderosa tempestade. Naufragados, os membros da tripulação chegam à costa em uma ilha misteriosa.

Cotação:  





Quando “One Piece Odyssey” foi anunciado, eu honestamente tive minhas dúvidas, afinal, trazer um RPG de turno de um jogo de anime, e ainda mais com tanto conteúdo e personagens, não é uma tarefa fácil. Por isso, minha expectativa estava bem baixa para ele, o que me proporcionou momentos surpreendentes em sua jogatina. Contudo, algumas baixas poderiam ser melhoradas, especialmente em seu aspecto de RPG.

“One Piece Odyssey” é um deleite visual do começo ao fim: desde o início do jogo, com uma abertura muito bem produzida, que nos introduz sua história, em que Luffy e seu bando são pegos em uma tempestade que os arrasta para nossa misteriosa ilha onde o jogo se passa, tendo seu navio danificado e ficando presos nesse lugar.


Durante a exploração, somos apresentados a dois novos personagens criados especialmente para esse jogo: Adio e Lim. Ambos são personagens bem únicos, carismáticos e com uma grande desconfiança de piratas, especialmente a Lim que te acompanhará por boa parte do jogo e com isso vamos vendo o desenvolvimento da personagem com a tripulação.

“One Piece Odyssey” moderniza o gênero de RPG de turno, com algumas ressalvas


Uma das primeiras coisas que me veio à cabeça quando comecei a jogar é como o jogo iria distribuir bem esse excesso de personagens para um RPG de turno. Afinal, tenta imaginar subir o nível de tanta gente. Mas o jogo faz isso de uma maneira excelente, é facilmente algo que me surpreendeu muito no jogo. O sistema de batalha é bem simples, o que é algo bom. Apesar disso, demora-se um pouco para entender o sistema de zonas durante as lutas.

Em seu combate, os personagens e inimigos ficam separados em zonas, onde eles ficam limitados a se enfrentarem sem interferir em combates em outras zonas. A menos que use um ataque a distância, para você poder se mover para outra zona é preciso derrotar os inimigos da zona que você está antes. Parece complicado, mas não é.




O combate do jogo é belíssimo! Todos os ataques trazem grandes referências ao anime, tanto em ângulos de câmera, como em seus efeitos e vozes, todos super fieis ao material original, o que faz com que seja difícil tirar o olho da tela durante os golpes, não ficando atrás de super especiais de jogos de lutas de animes. E com um toque de botão, você pode acelerar as animações para quem já está enjoado de ver ou quer só acelerar a luta.

Já na parte de jogabilidade, para um RPG, ela fica meio mista. “One Piece Odyssey” tem bons acertos, mas alguns erros que rpgs atuais não deveriam cometer.

O jogo se divide em duas partes: a aventura na ilha desconhecida onde ajudamos os novos personagens a lidar com titãs elementais e as memórias de aventuras passadas, que nos permite reviver grandes momentos do anime por outro ângulo e recuperar nossos poderes, que tirados de nós. E aí que o jogo começa a apresentar alguns problemas, fazendo você ir e voltar muitas e muitas vezes por várias áreas, cansando o jogador, especialmente na primeira área das memórias, que é enorme e devagar. 

Isso meio que quebrou o ritmo do jogo para mim, completando essa sessão bem lentamente e isso foi visível em minha live, do quanto cansativo foi essa parte, tanto para mim, quanto para meu público.

O jogo não traz uma dificuldade muito elevada, especialmente pelo seu desbalanceamento de distribuição de experiência. Houve casos que fiquei vários turnos lutando com um inimigo com muita vida e ele me deu pouca recompensa, enquanto inimigos que matei em um turno me deram 3x vezes mais. Dessa forma, não houve muita necessidade de enfrentar inimigos comuns no jogo e praticamente saí ignorando eles, pois em poucas lutas rápidas meus personagens já estavam bem fortes.


A aventura empolga para ser jogada em uma livestream?


A resposta varia conforme o conhecimento do streamer e seu público com a série, pois o jogo é uma carta de amor aos fãs de longa data de “One Piece”. Se existe conhecimento prévio sobre “One Piece”, irá ser uma live bem divertida, graças às muitas referências, nostalgia de momentos clássicos e emocionantes, além de personagens e inimigos super carismáticos durante todo jogo.

Contudo, um novato na série poderá ficar perdido, pois o jogo pega já um arco muito avançado na história e não te introduz bem os personagens para quem não conhece nada.

Joguei a versão da Steam e não senti problemas gráficos ou de desempenho durante a jogatina. Consegui trazer ele em live sem complicações com a minha máquina. Você vai levar cerca de 35-36 horas para finalizar a aventura, então terá bastante conteúdo paras lives. Isso sem contar o tempo para as missões secundarias.

O jogo está disponível também em 15 idiomas diferentes, incluindo o nosso português brasileiro e está uma ótima tradução! Por seu um RPG, essas traduções nos ajuda muito para realizar uma boa livestream. Apesar disso, o jogo está com dublagem apenas em japonês, sendo isso só um aviso para quem espera uma dublagem em outro idioma.

Texto originalmente publicado em Gamohol

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