Review – Ponte de Espiões (2015)

Ponte dos Espiões

Bridge of Spies
Direção: Steven Spielberg
Elenco: Tom Hanks, Mark Rylance, Alan Alda, Sebastian Koch, Amy Ryan, Jesse Plemons
EUA, 2015



Ponte dos Espiões é mais um filme de Steven Spielberg que se passa em um período importante da história, no caso a Guerra Fria. A produção concorre a seis estatuetas do Oscar, incluindo melhor filme. O filme não chega a exacerbar no patriotismo, o que é bom. A trama conta a história de um suposto espião da União Soviética (Mark Rylance, indicado ao Oscar de ator coadjuvante) capturado nos Estados Unidos e um piloto estadunidense preso na URSS, também acusado de espionagem. Um advogado (Tom Hanks), que recebeu a tarefa que não queria, de defender o espião soviético, acaba fazendo amizade com este. Ele também fica com a difícil missão de organizar a troca entre eles.



Nas negociações com a URSS e também com a Alemanha Oriental, a coisa complica quando Donovan, o advogado, quer incluir na troca um estudante dos EUA, capturado na Alemanha sitiada pelo muro de Berlim. Há ainda a preocupação com o destino desses homens ao voltarem para seus países de origem, pois se acredita que entregaram segredos do governo, assim não seriam mais confiáveis.



O filme tem uma produção impecável com belas imagens das locações. Spielberg mostra a competência habitual na direção. Porém, prejudica o filme outras características da direção de Spielberg, que parecem estar se acentuando com o tempo. O final é longo desnecessariamente, não precisava tanta coisa para mostrar a amizade que havia entre os personagens. Algumas cenas querem emocionar demais e chegam a forçar, como a cena no trem em que as pessoas estão lendo jornal, olham a foto de Donovan e o observam com reprovação; o vagão inteiro estava com o jornal em mão e olha para ele. Depois no final, agora olham para ele com aprovação.



Ponte dos Espiões não é um filme ruim, mas não é um filme memorável. Por isso só vai ganhar três pinguins azuis. Apesar das qualidades, não acho que estaria concorrendo ao Oscar se não fosse de Spielberg.
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DRÉ TINOCO

\"André

Professor de Geografia, cinéfilo nas horas vagas 


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