Nunca houve mulher como Rita Hayworth

Rita Hayworth ou Margarita Carmen Cansino nasceu no ano de 1918 em Nova Iorque. Estadunidense de ascendência hispano-irlandesa, se tornou um mito do cinema na década de 40 e para toda a eternidade.



Filha de dançarino de flamenco,  Rita Hayworth nunca gostou muito de dança clássica, mas seguia os passos do pai. Ela teve aulas no Carnegie Hall e, aos oito anos de idade, sua família se mudou para Hollywood. Lá criaram uma Escola de dança, onde vários famosos estudaram, por exemplo,  James Cagney e Jean Harlow. Mas, foi no “Caliente Club\”, no México em 1935, que Rita foi descoberta pelo diretor da Fox Film Corporation, Winfield Sheehan. Ela estreou como coadjuvante em Sob o Luar dos Pampas no mesmo ano.



O estrelato mesmo veio só anos mais tarde, quando começa a utilizar o nome Rita Hayworth (nome de solteira da mãe). Assim, foi um processo de dançarina de cabaré para atriz. Então, agora na Columbia, ela fez Paraíso Infernal (Only Angels Have Wings), de Howard Hawks, entre outros filmes. Pela MGM fez Uma Mulher Original (Susan and God, 1940), de George Cukor, depois, pela  Warner Bros, esteve em Uma Loira com Açúcar (The Strawberry Blonde, 1941), que fez grande sucesso, aumentando sua popularidade. Em 1941, na Fox, fez a superprodução Sangue e Areia (Blood and Sand), que a lançou ao status de símbolo sexual da década.



A seguir, Rita encantou em musicais da Columbia, como Ao Compasso do Amor  de 1941 e Bonita Como Nunca. Porém, a sua fama de mulher mais desejada da década veio com o clássico noir Gilda em  1946, de Charles Vidor, co-estrelado por Glenn Ford. O strip-tease sugerido de Rita, em que ela tira apenas uma das luvas, é uma cena muito sexys da história do cinema. Tudo devido ao talento e magnetismo de Rita.



com Glenn ford

Gilda foi um grande sucesso. Mas, como acontece com as estrelas, o tempo vai passando e a Hollywood, dominada por homens, começa a deixa-la de lado, voltando-se para outras atrizes mais jovens. Ainda assim,  Rita também está em outros clássicos, como A Dama de Xangai, de Orson Welles, com quem foi casada, Os Amores de Carmen, outro de Charles Vidor com Glenn Ford. Uma Viúva em Trinidad de Vincent Sherman, foi novamente com Ford. Depois vieram os polêmicos Salomé em 1953 de William Dieterle e A Mulher de Satã (Miss Sadie Thompson, 1953), de Curtis Bernhardt. O último grande sucesso foi Meus Dois Carinhos (Pal Joey, 1957), com Frank Sinatra e Kim Novak. Seu ultimo filme foi  A Ira Divina (The Wrath of God, 1972), com Robert Mitchum. Um faroeste, como foi seu primeiro filme.


Foi casada cinco vezes, todas as uniões terminaram em divórcio. Ela dizia o seguinte sobre sua infelicidade no amor: “A maioria dos homens se apaixona por Gilda, mas acorda comigo\”. Rita faleceu na casa de sua filha em Nova Iorque, aos sessenta e nove anos, vítima do mal de Alzheimer.




Encerramos com essa bela cena clássica:

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DRÉ TINOCO

\"André

Professor de Geografia, cinéfilo nas horas vagas 

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