Review – Stranger Things (Primeira temporada)

 

Direção: Vários

Elenco: Winona Ryder, David Harbour, Finn Wolfhard, Millie Bobby Brown, Gaten Matarazzo, Caleb McLaughlin, Matthew Modine,Natalia Dyer

EUA, 2016

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No último fim de semana, finalmente terminei de assistir Stranger Things, o grande sucesso da Netflix criado pelos Duffer Brothers (não confundir com a cerveja Duff dos Simpsons). E consegui fazê-lo antes da estreia da segunda temporada, vejam só! É que tenho bastante preguiça com séries. Acho que a maioria fica apenas enrolando histórias que caberiam em um longa-metragem e prefiro encher a cara de filmes. Mas vi essa pela presença da Winona Ryder e as referências oitentistas.

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A história, que caberia certinho num filme Sessão da Tarde de 1 hora e meia, é ambientada em 1983 numa pequena cidadezinha do interior. Numa bela noite, após passar o dia jogando RPG na casa de um coleguinha, o garoto Will Byers desaparece misteriosamente. Quando seus amiguinhos saem em sua busca, encontram a estranha garota careca com poderes psíquicos, Eleven, que está envolvida de alguma forma nesse mistério. E essa turminha do barulho vai aprontar altas confusões.

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Quando o assunto é nostalgia, a série realmente bate um bolão. Temos muitas referências. Uma trilha sonora com The Clash e afins, sintetizadores, néon, letreiros no estilo das obras de Stephen King, pôsteres dos filmes Tubarão, A Morte do Demônio e Enigma de Outro Mundo no quarto de um dos garotos, citação a filme com Tom Cruise, entre outras. Tem referência até a filmes que não são dos anos 80.

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É tanta referência, que vi até uma ao seriado dos Flashman, que provavelmente os Duffers nunca viram, huahuahua…embora o playboyzinho da bagaça até lembre uma versão ocidental do vilão Wandar!

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 As crianças foram o destaque da série e todos as amaram, mas na verdade elas são anti-crianças dos anos 80. Ao invés de meter a cara onde não são chamadas, como as crianças das produções daquela época, os guris ficam parados no mesmo lugar discutindo se devem agir ou não quase a série inteira. Eles nunca vão ao perigo, mas o perigo que vem a eles. Achei também a Eleven bem fraquinha. Esperava algo mais tipo Tetsuo (um Tetsuo do bem, mas Tetsuo), no final, mas ela decepcionou, assim como seus colegas sem iniciativa.

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A trama só anda mesmo graças aos meus dois personagens favoritos, Joyce Byers (Winona Ryder) e o delegado Jim Hopper (David Harbour). Os dois são os mais empenhados em encontrar o garoto e desvendar os mistérios que cercam seu desaparecimento. Aliás, bem raro um delegado nesse tipo de produção aceitando todo tipo de esquisitice…

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Além das crianças, de Joyce e do delegado, temos entre os personagens principais os adolescentes Jonathan (irmão de Will), Nancy (irmã de Mike, amigo de Will) e o namorado de Nancy, Steve. Só imagino o quão chato vai ser esse triângulo amoroso nas próximas temporadas (que não devem ser muitas, pois as crianças que todos amam vão crescer)

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Com apenas 8 episódios, Stranger Things é uma boa série. Não é isso tudo que dizem por aí, mas, sim, é uma boa série. Tem um bom ritmo, boa trilha, um clima de suspense bem trabalhado, figurinos e ambientação perfeitos. Algumas bolas fora, como o capitulo final corrido com uma batalha final pouco satisfatória e quando os Duffer, superando o Nolan, não só explicam, mas desenham uma revelação no episódio 6, mas é uma série divertida no geral. Bacaninha. Talvez eu volte para a segunda temporada se não tiver nada melhor para ver.

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