Review – A Babá

The Babysitter

Direção: McG

Elenco: Judah Lewis, Samara Weaving, Robin Amell, Bella Thorne.

EUA, 2017

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Não sou muito fã do cinema do diretor McG, mas seu novo filme, original Netflix, acabou despertando meu interesse. McG falhou miseravelmente quando tentou falar a sério em Exterminador do Futuro: A Salvação, mas os seus As Panteras, medíocres, tinham uma comicidade até interessante. Como seria então se ele abraçasse o tosco e o nonsense sem medo de ser feliz? Já que estava ali mesmo na Netflix, fui conferir.

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Vitima de bullying na escola e sem muitos amigos, Cole descobre que sua bela babá é líder de um culto satânico. Ao presenciar o crime cometido pelo grupo, ele tem que lutar por sua vida. Está armado o cenário para uma mistura de Esqueceram de Mim e filmes de terror com adoradores do capeta.

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A Babá é divertido. Tem algumas tiradas bacanas, personagens estereotipados e até investe legal no gore (coisa que outros terrir mais recentes como O Segredo da Cabana, por exemplo, tem medinho). O maior problema é o visual de videoclipe costumeiro das produções de McG. Clean demais, ele não bate com o filme e nem os créditos, que fazem uma homenagem a produções exploitations setentistas. Uma fotografia suja, no clima dos grindhouses, teria combinado mais com a proposta. A Babá ainda se desfaz com muita facilidade de alguns personagens e enrola com outros (o personagem do péssimo Robin Amell durou demais)

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O grande acerto do filme é a escalação da interessante Samara Weaving como a babá Bee. Ela já tinha me chamado a atenção com sua participação em alguns episódios da primeira temporada da sensacional série Ash vs Evil Dead. A moça é extremamente carismática. Judah Lewis, que interpreta Cole, também é um talento promissor. Há até uma interessante construção dos personagens e sua amizade antes dos eventos macabros e a química entre os dois funciona muito bem.

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Podia ser ainda mais sem noção e evitar pisar no freio? Podia. As vezes até parece que o filme vai se levar um tantinho a sério demais e quase estragar tudo, mas felizmente a aposta no exagero vence e temos um passatempo bacaninha. Para ser uma comédia de terror memorável só faltou pirar um pouquinho mais. Abraçar o trash com mais vontade.

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